O medo influencia muitos aspectos de nossa vida, mesmo que de forma inconsciente e bem disfarçado. Um dos grandes problemas da sociedade atual é que as pessoas “fogem” das emoções, dos desafios que as tiram da zona de conforto, tornando-se então “robôs de carne e osso”.
Autora: Luana Bettu Cordeiro
Certamente você já ouviu (ou até mesmo mencionou) frases como estas:
- “A sociedade está cada vez mais individualista!”
- “A tecnologia bloqueia as relações entre as pessoas!”
- “Não consigo o comprometimento dos meus funcionários!”
- “Ainda vou abrir meu próprio negócio!”
- “Não há relacionamentos resistentes como antigamente!”
- “Não tenho oportunidade!”
Exclamações como essas são clichê atualmente. Costumamos arrumar desculpas, arranjar justificativas mas, talvez, o ponto fundamental de grande parte desses problemas seja uma palavra que todo mundo tem constantemente do seu lado: MEDO.
Sim, o medo influencia muitos aspectos de nossa vida, mesmo que de forma inconsciente e bem disfarçado. Mas ninguém quer “pagar” para ver.
As pessoas não se comprometem no trabalho por medo de não serem reconhecidas. Não se confia mais nos amigos por medo de ser traído.
Há o medo de abrir o próprio negócio e fracassar. Não corremos riscos por medo da perda, da frustração. Não se tem o hábito de conversar consigo mesmo, fazendo uma autoanálise, por medo de descobrir pontos fracos que exigem mudanças.
O aperfeiçoamento, muitas vezes, não é apenas falta de capacidade ou de oportunidade. Em alguns casos, as pessoas não fazem melhor por comodidade e receio. Pensam que, uma vez que fizerem o “bom”, terão que buscar fazer o “ótimo” da próxima vez. Isso as tira da zona de conforto, as desafia e as testa de forma direta.
É muito mais cômodo não se emocionar, não ariscar, não se testar, e viver sem percalços ou turbulências. É mais cômodo não se comprometer para fazer parte de algo, do que tomar as rédeas da vida de forma ativa.
Então, um dos problemas mais latentes da sociedade de hoje, é que as pessoas “fogem” das emoções por puro e simples medo. Pessoas se transformam em legítimos “robôs” por questão de comodidade e segurança, levando uma vida mecânica, engessada, sem emoções.
Assim, as pessoas não inovam, não constroem novas relações e não evoluem. O pior de tudo é que, ao chegarem aos 70, 80 anos de idade e perguntarem a si mesmos o que fizeram da vida, muitos percebem que não viveram por pura covardia.
É primordial entender que, para evoluir, é preciso se emocionar, sentir aquele friozinho na barriga! Alegrias e tristezas, orgulhos e decepções são faces da mesma moeda, fazem parte de nossa evolução. Precisamos passar por situações adversas ao que desejamos para valorizar e perceber o valor da conquista.
Não tenha medo de realizar seus sonhos
É, de fato, errando que se aprende. Somente quando perdemos uma peça em uma partida de xadrez e levamos um “xeque-mate” é que aprendemos a nos defender na próxima jogada e a criar estratégias para atacar antes de ser atacado. Isso faz parte do aperfeiçoamento do ser humano e o motivo pelo qual se dá a vida: evoluir.
O medo se apresenta quando as pessoas têm sonhos, mas não os transformam em objetivos com metas definidas e prazos estipulados por medo de realizá-los e não ter mais com o que sonhar. É como se fossem perder o sentido de sua vida.
Medo de ver sua empresa crescer e perder o controle ou, de abrir o capital e perder o “poder de dono”. Medo de ver a evolução e ter que mudar a si próprio para acompanhar o mundo ao seu redor.
Uma das primeiras lições que aprendemos, logo quando crianças, é a capacidade de correr riscos e encarar as emoções. Aprendemos a andar porque tivemos coragem para soltar as mãos dos pais e dar o primeiro passo por conta própria, sem receio de cair e ter que levantar novamente.
Mas, ao longo da vida, esquecemos desse primeiro aprendizado. Ou, talvez, apenas tenhamos MEDO de lembrar.
E você, o que está deixando para trás por causa do medo?
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